quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Liturgia Evangélica 19: A Oração Pastoral

Por Michael "iMonk" Spencer

The Evangelical Liturgy 19: The Pastoral Prayer originalmente publicado em InternetMonk, 26 de outubro de 2009. Traduzido com permissão.

Em seu excelente livro Mother Kirk, Douglas Wilson faz uma maravilhosa defesa do ministério das orações pastorais escritas. O leitor médio dirá "Do que ele está falando?". E esse é o problema: uma parte importante do culto que é de responsabilidade do pastor tem sido muito negligenciada. Tanto que a mera sugestão de resgatá-la soa como algo bizarro.
O protestantismo tem uma larga tradição nessa área, desde as longas orações dos puritanos, às orações publicadas de Charles Spurgeon até as orações compiladas de Walter Brueggemann.

Deveria ser óbvio, a esta altura do campeonato, que a liturgia evangélica exige mais do que a mera compreensão da liturgia. Ela exige uma ética de trabalho, uma abordagem operária no aspecto de se criar uma experiência congregacional de culto.

É nessa área de operosidade que muitos evangélicos têm falhado, e a evidência disso é óbvia em milhares de cultos sem vida, repetitivos e improvisados. Se qualquer evangélico pode apontar o dedo para as igrejas litúrgicas como  culpadas de serem "repetitivas", ou eles estão em uma situação excepcional, ou estão ignorando o óbvio. A "mesmice" desnecessária em elementos como a oração pastoral sugere que muita coisa pode ser melhorada, simplesmente se aproveitarmos o tempo em:
- Ligar a oração pastoral aos temas gerais do Ano Cristão;
- Dar atenção aos textos do Lecionário, especialmente aqueles que não serão usados em outras partes do culto.
- Abordar com criatividade as questões correntes de uma perspectiva pastoral;
- Dirigir-se terna e compassivamente aos feridos e desanimados.

Ao mesmo tempo, a oração pastoral deve evitar certas armadilhas conhecidas:
1. Ser comprida demais.
2. Tornar-se um segundo sermão.
3. Tornar-se uma discussão com a congregação.
4. Abusar de clichês e expressões desgastadas (há poucos lugares onde a linguagem de Sião domina com tanto entusiasmo desmedido quanto na oração pastoral).
5. Tentar ser abrangente em nome da política eclesiástica. (Fale o nome de uma pessoa no hospital e terá de falar de todas)
6. Sentimentos fajutos, especialmente a pretensão de uma alta espiritualidade. (você não é o The Valley of Vision. Não tem problema.).

A oração pastoral deve chamar o pastor para o trabalho adequado de um artesão das palavras, mas a oração pastoral não deve -- com o devido respeito aos puritanos -- se tornar um segundo culto.

Eu considero a oração pastoral uma área da liturgia que eu negligenciei, e freqüentemente ofereci orações improvisadas, seguindo o mesmo modelinho de sempre. Gostaria de ter feito melhor.

Mais alguém?

Um comentário:

Anônimo disse...

oiamado
sou pastor e estou desesperado com a oração pastoral

será que o irmão poderia postar ou me mandar por email alguns modelos de oração pastoral escritas?
ob